O Apartamento Cristina, antes da reforma, apresentava desproporção nas áreas destinadas ao social e ao serviço. Um “quarto de emprega”, cômodo comum em casas brasileiras remetendo ao modelo escravocrata de segregação entre moradores e funcionários, possuía medidas inadequadas ao uso, além de não haver ventilação e iluminação diretas.

Dentro deste contexto, foi proposta:

· Integração dos ambientes dando novo uso para o “quarto de empregada”

· Transformação do antigo e pequeno banheiro de serviço em um lavabo

· Decoração moderna com divisória e estante modular de serralheria e madeira.

A partir desta proposta o apartamento reformado trouxe um maior aproveitamento ao conectar os ambientes. Houve um aumento da iluminação natural e a possibilidade de ventilação cruzada, garantindo mais conforto térmico e lumínico no espaço. A sala integrada à cozinha foi possível a partir da demolição de parte da parede existente e, para a redução da geração de resíduos e custos na obra, o apoio da bancada gourmet se deu em meia parede mantida.

O novo lavabo traz consigo uma releitura para ser um ambiente mais democrático. A bancada com novo lavatório e uma porta maior e pivotante fez dele um ambiente de uso para qualquer frequentador do lar, seja morador, visita ou funcionário. Além disso, a presença de um banheiro mais acessível nessa área da casa torna a parte social do apartamento mais independente. 

Em relação aos acabamentos, foram escolhidos vernizes e tintas com baixa emissão de componentes tóxicos, os chamados VOC’s – Compostos Orgânicos Voláteis. Como a intenção era reduzir resíduos no processo de demolição e garantir eficiência no orçamento, no lavabo foi instalado, piso sobre piso, um porcelanato adquirido da sobra de outra obra feita pela Casa Zero. 

Mantendo a proposta de adotar estratégias mais econômicas e sustentáveis, não foi feita a troca de revestimentos da cozinha e da lavanderia ou mesmo do piso da área social. A proposta foi buscar cerâmica e porcelanato compatíveis em “cemitérios de azulejos”  e complementar como um quebra-cabeça as partes após demolição. Uma divisória leve e translúcida entre a lavanderia e a sala garantiu a entrada de luz natural ao mesmo tempo em que proporciona, quando necessária, a separação destes ambientes. 

A reforma precisou do reforço estrutural solucionado com a instalação de perfis metálicos.Estes elementos foram incorporados à proposta estética da decoração, trazendo um ar moderno ao apartamento. Não houveram mudanças na hidráulica e, na marcenaria, foi adotada a revitalização com pintura e novos puxadores.

O Apartamento Cristina traz consigo a perspectiva de que é possível reformar garantindo  qualidade, bem-estar e economia para os moradores, ao mesmo tempo em que adota medidas mais generosas com o meio ambiente.

Fotografia: Juliana Berzoine

Esta foi a reforma de um apartamento no famoso Conjunto JK localizado em Belo Horizonte (MG). O edifício, ícone da Arquitetura Moderna com projeto de 1952 do arquiteto Oscar Niemeyer, vai ganhar maior destaque com o processo de tombamento aberto em 2021 para torná-lo Patrimônio Cultural da cidade.

 O Apartamento JK, situado no 7º andar de uma das torres do edifício, ganhou a valorização necessária neste contexto histórico arquitetônico ao qual se insere. No projeto foi proposta a integração da cozinha com a sala e o acréscimo de outro banheiro. Além, é claro, da renovação completa dos sistemas elétricos e hidráulicos existentes há mais de 50 anos. O novo arranjo passou a valorizar ainda mais a vista da fachada toda envidraçada para habitar um casal que adora receber visitas.

 Os 70 m2 foram ainda mais potencializados com a adoção de estratégias visando a otimização e a sustentabilidade na concepção, construção e pós-ocupação. Destacam-se alguns elementos:

· Layout planejado associado à contribuição da entrada de iluminação e ventilação naturais, além de otimizar os fluxos de passagem pelos ambientes.

· Pé-direito alto com aproveitamento máximo da altura final a partir da retirada de forros/lajes não estruturais antes existentes.

· Estrutura de concreto toda aparente valorizando a história arquitetônica do edifício e ainda trazendo a economia na compra de novos materiais de acabamento e dando facilidade em manutenções futuras.

· Sistema de iluminação planejado garantindo qualidade e distribuição com eficiência energética do tipo LED.

· Elétrica renovada e aparente dando facilidade e economia em manutenções futuras e redução na geração de resíduos em obra.

· Hidráulica renovada com sistemas economizadores do consumo de água.

· Versatilidade de uso dos banheiros permitindo ser parte da suíte com banheiro duplo espelhado ou um banho para a suíte e um banheiro social individualizado.

· Bancada móvel da cozinha com rodízio dando versatilidade na composição dos ambientes com a amplitude ou integração de acordo com a conveniência.

· Área de serviço e equipamentos planejados para facilitar a operação no dia a dia, incluindo porta de correr para separação de ambientes sociais da área de lavanderia.

· Estudo do dimensionamento e paginação dos revestimentos para minimização da geração de resíduos.

· Recuperação de piso existente em madeira Peroba Rosa trazendo o conceito da restauração atrelado à redução de custo com materiais na obra.

Fotografia: Juliana Berzoine

A residência foi idealizada para clientes que adoramos:

  • sabem o valor de um projeto para além da beleza;
  • reconhecem a importância da escolha e qualidade dos materiais;
  • e do conforto ambiental nas estratégias projetuais.

A Casa Zero realizou uma simulação termo-energética e aplicou a metodologia de gestão e projeto do escritório em parceria com a Luciana Castro da Com pallet.

As diretrizes adotadas neste projeto foram:

  •  Terraço verde:

Permite conexão dos moradores com o exterior e com os elementos da natureza.

  •  Iluminação zenital:

Escolher por esse mecanismo permite que lugares que não seriam iluminados sejam, permitindo que esse espaço se torne mais saudável e tirando a necessidade de utilizar iluminação artificial mesmo sendo dia. 

  • Ventilação cruzada:

Essa escolha permite que a casa tenha internamente um melhor fluxo de ar e que o ar quente saia com mais facilidade. Dessa forma, a residência obtém conforto ambiental.

  •  Aquecimento solar passivo

É sempre necessário a análise da edificação em relação a radiação solar, pois assim os Arquitetos decidem pela posição dos ambientes e para que se tome outras decisões projetuais que aproveitem a iluminação e o calor natural. 

  • Intervenção mínima na topografia:

É necessário compreender que as construções intervêm no solo onde se é edificado. Assim, quanto menor for a intervenção, melhor será para o meio ambiente.

  • Tamanho e fluxo dos ambientes:

Esses permitem que o espaço seja mais acessível. Além disso, ao pensar nos fluxos dos moradores a residência se torna mais inteligente e agradável para se viver.

  • Indicação dos materiais construtivos:

Materiais esses que pensam na saúde dos moradores e que são sustentáveis na sua cadeia produtiva.

  • Conexão dos espaços internos com o exterior:

A cozinha e o lavabo atendem a casa internamente e por estarem bem localizados a arquitetura permite que esses espaços também sejam utilizados pelos ambientes externos. 

Dessa forma, a escolha projetual reduziu a necessidade de construir mais espaços e tornou os ambientes mais úteis em diferentes condições de uso.

A seguir vídeo completo do projeto:

Projeto: Luiza Franco e Luciana Castro

Imagens: Roberta Lima

Mais um projeto no município de Moeda em Minas Gerais onde buscamos equilibrar a beleza da Serra da Moeda com sonhos e bioclimatologia. Afinamos as intenções com o nosso conhecimento para uma arquitetura mais sustentável.

Algumas estratégias aplicadas:

  •  Implantação com intervenção topográfica mínima e harmoniosa.
  •  Distribuição de cômodos e aberturas adequadas à iluminação e ventilação naturais para o clima da região.
  • Especificação de materiais construtivos para paredes e cobertura de atendam ao desempenho térmico recomendado em norma.Algumas estratégias de projeto alinhadas à arquitetura bioclimática
  •  Ventilação cruzada para trazer conforto ambiental no verão.
  •  Iluminação zenital para trazer economia de energia e aquecimento solar passivo.
  • Materiais de envoltória adequados ao clima para trazer conforto térmico nos ambientes.

Vale lembrar, cada região exige uma análise específica que condiz com o lugar e entre em equilíbrio com os desejos do cliente.

Benefícios:

  • Economia na construção.
  • Eficiência energética no uso futuro.
  • Qualidade ambiental interna.
  • Valorização do imóvel.

O filme feito por Roberta Lima nos apresenta novas perspectivas e percepções sobre esse lindo projeto:

Projeto arquitetônico:

Luiza Franco e Paula Carvalho

Análises bioclimáticas:

Luiza Franco

Vídeo e imagens:

Roberta Lima

A Casa Zero é um ponto de partida promissor para quem acredita na força dos gestos sustentáveis no ambiente construído. Somos uma empresa que promove a cultura da sustentabilidade de forma simples e acessível a partir de consultorias, palestras e realização de projetos para pessoas e negócios. Acreditamos que a sustentabilidade é possível com economia e rentabilidade integradas à aplicação de gestos ambientais e sociais.

A Casa Zero desmistifica a sustentabilidade. Gestos sustentáveis para reduzir custos e dar rentabilidade para sua empresa e ainda aproximar as pessoas da natureza.

Vamos começar juntos a descomplicar?

Auxiliamos pessoas, negócios e profissionais da arquitetura e construção na seleção de produtos, serviços e tecnologias que potencializam a minimização de impactos e o caminho para uma sustentabilidade. Este apoio contemplando a análise da qualidade técnica, o investimento e os benefícios.

Funcionamos como um radar de mapeamento contínuo e não temos exclusividade em nenhuma marca, empresa ou fornecedor. Com este apoio os cliente tem acesso ao que tem de mais inovador e eficiente no mercado para auxiliar na sua decisão de aquisição.

Em um projeto ou construção um caminho assertivo para potencializar estratégias mais sustentáveis é a gestão das águas, de resíduos e energia.

Para apoiar boas escolhas de tecnologias na aplicação, em projetos ou edificações existentes, oferecemos nossa experiência para os clientes fazerem as melhores escolhas. O conhecimento especializado se torna pertinente em um mercado cada vez mais inovador e com o lançamento frequente de novas tecnologias, produtos e serviços.

A otimização pode ser feita em um projeto arquitetônico existente ou a partir da realização de um desde o início. Com nosso conhecimento em tecnologia e sustentabilidade, indicamos estratégias arquitetônicas e construtivas que geram mais rentabilidade, qualidade e saúde para as pessoas.

Também assessoramos clientes que já tenham um arquiteto escolhido para apoiar a introdução destas estratégias.

Abaixo um feeback! Essa foi para apoiar uma pessoa da área de arquitetura que queria embasamento em estratégias mais eficientes e de baixo impacto no seu projeto.

Qual o seu olhar sobre as construções? Qual a importância você dá para a arquitetura?

Nós acreditamos que a arquitetura não basta ser bela e as construções não funcionam só para ficar de pé.

O ambiente construído deve servir para:

– acolher pessoas
– trazer conforto
– favorecer a saúde
– ser durável
– trazer segurança

Antes da popularização do termo arquitetura sustentável, nós – usuários ou profissionais – do ambiente construído, devemos ter conhecimento de outros conceitos.

Arquitetura Vernacular: possui o “enraizamento” com a terra, o forte caráter rural, o sentido utilitário, a integração com o meio, a não introdução de novidades gratuitas; o sentido de comunidade; a técnica e os materiais pertencentes a uma era pré-industrial. (Carlos Flores, 1985)

Arquitetura Bioclimática: inclui as condicionantes locais do clima, explorando suas vantagens e evitando seus extremos, tendo como objetivo o conforto ambiental dos usuários, porém com baixo consumo de energia. (Roberto Lamberts, 1997)

Arquitetura Durável: considera todas as atividades ligadas à cadeia produtiva de espaços e ideias e comprometidas com a permanência da qualidade ambiental da vida humana e do planeta. (João Diniz, 2010)

Em certos pontos os conceitos se relacionam, mas o importante mesmo é ter fundamentação ao aplicar qualquer estratégia arquitetônica ou construtiva, deixando para segundo plano a preocupação de qual conceito possa carregar.

Na foto acima um projeto da Casa Zero construído em uma fazenda no município de Moeda (MG).

Tão comum quanto ter portas e janelas, uma edificação necessita, cada vez mais, incorporar elementos essenciais que contribuam com a sustentabilidade, como soluções para eficiência energética.

As placas solares no topo de prédios e casas estão sendo vistas com mais frequência, mas você sabe para que elas servem?

Usualmente existem dois tipos:

Placa fototérmica:
Transfere o calor da radiação solar para a água. Pode reduzir o gasto de energia com chuveiros ou aquecedores de piscinas.

Placa fotovoltaica:
Converte a radiação solar em energia elétrica por meio da ação, geralmente, de células de silício. Pode gerar energia para qualquer equipamento e sistema elétrico na edificação.

As pessoas muitas vezes as confundem e, hoje em dia, ainda deparam com o conceito de fazendas solares e energia distribuída. Nós, da Casa Zero, podemos te auxiliar a ter uma economia de até 95% da sua conta de luz.

Qual palavra tem mais significado para você?

Esta foto acima, tirada pela Luiza Franco fundadora da Casa Zero, estava pintada em um dos corredores do curso de arquitetura, urbanismo e engenharias do Centro Universitário UNA. E elas, já em 2016, ecoavam na cabeça dos seus alunos que hoje, certamente, são colegas de profissão.

Naquela época não era possível desconectar nenhuma delas daquele contexto passado e, revendo a foto hoje, continuamos vendo a sintonia delas e o peso que carregam na atualidade do tema deste artigo. Significados de muitas palavras que expressam a responsabilidade passada, presente e futura de (re)criar o dentro e fora de nossa Casa como se começasse do Zero.

Em eventos, em casa e com você.

Quem nos acompanha sabe que a Casa Zero é uma empresa recém criada, formalizada há 1 ano, com um propósito forte: promover a cultura da sustentabilidade em pessoas e negócios. Acreditamos que podemos gerar impacto social e ambiental com o que fazemos.

Em um momento marcado pelo movimento digital, muitos negócios estão tendo que inovar ou se adaptar em seu posicionamento de marketing. Para isso é preciso uma comunicação verdadeira com as pessoas, mostrando disposição para enfrentar a crise que vivemos.

Conforme pesquisa da Kantar Official, 87% das pessoas acham que as marcas devem, principalmente, comunicar seus esforços frente à pandemia e como o negócio pode ser útil na crise atual. Ainda 25% dos entrevistados esperam que as empresas sirvam de exemplo e guiem para uma mudança positiva.

Vamos juntos construir um novo mundo com mais gestos sutis de sustentabilidade? Aqui vão algumas dicas:

  • MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Você já parou para pensar que a bicicleta é um item muito versátil? Ela é muito prática, pois pode ser um instrumento de lazer, de auxílio nos deslocamentos e uma forma de exercitar-se. Além disso, não gasta combustível e não é poluente – o uso dela diminui as emissões de gases poluentes em quase 400 mil toneladas por ano*.

No trânsito, as bicicletas podemos contribuir com a redução do trânsito e também humanizam as relações urbanas. Nas cidades, o cidadão que pedala exerce um verdadeiro ato cívico, mas atualmente apenas 7% dos brasileiros usam a bicicleta como meio de transporte principal**. Precisamos de mais bons exemplos para termos cidades mais sustentáveis e a mudança pode começar com o seu pedal.

[*] Economia da Bicicleta no Brasil: Aliança Bike e
Laboratório de Mobilidade Sustentável, da UFRJ

[**] IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)

  • GESTÃO DE RESÍDUOS

Para a gestão do seu lixo, é importante saber os tipos existentes de resíduos. Assim você sabe o que pode ser reciclado, ou não, o que vai para a composteira e o que vai para a coleta municipal. 

Fizemos um resumo para você:

RESÍDUO RECICLÁVEL: Plásticos, papelão, papel, vidro, metais e alumínio. Deve ser encaminhado para a coleta seletiva de sua cidade ou para uma associação de catadores. Mantenha-o seco e sem sujeira impregnada, para que não atraia bichos até terem o destino correto. 

RESÍDUO ORGÂNICO: Cascas de frutas, verduras e legumes crus, além de alguns outros resíduos como borra de café e folhas secas do quintal. Tudo isso vira fonte de adubo se for feito o processo de compostagem.

RESÍDUO ESPECIAL: Embalagens de aerossol, óleos de cozinha, lâmpadas, eletrônicos, seringas, remédios, produtos de beleza, louças e vidros quebrados. Providencie um local para colocar guardar em segurança (podem ser perigosos para nossa saúde) e descarte em farmácias, hospitais, supermercados e outros comércios que disponibilizam pontos próprios de coleta. 

RESÍDUO NÃO RECICLÁVEL: Papel higiênico e guardanapos usados, além de fraldas, adesivos e outros elementos que não se enquadram em nenhum outro tipo mencionado. Somente este tipo que deve efetivamente ir para a coleta municipal.

  • LÂMPADAS DE LED

Falar de sustentabilidade em casa é pensar na conta de energia elétrica. Essa parte que pesa no orçamento é também muito vantajosa quando o alvo é gerar menos impacto ambiental. Estamos vivendo uma verdadeira revolução no mercado de produção de energia e de desenvolvimento tecnológico para sistemas de produção de energia e de iluminação. 

As lâmpadas incandescentes, que mais produzem calor que geram luz, saem do mercado. Agora existem vários modelos de lâmpadas do tipo Diodo Emissor de Luz, o famoso LED, que muitas vezes já vem embutido nas luminárias. O LED tem mais eficiência energética e durabilidade que a lâmpada fluorescente. Esta ainda tem na sua composição o mercúrio que é uma substância que exige cuidados especiais no seu descarte. Apesar de, por vezes, ser uma opção mais cara na compra, compensa fazer um investimento em lâmpadas LED , pois a economia ao longo de sua vida útil é certa.

O mundo dos negócios e os eventos podem contribuir para o desenvolvimento sustentável? Devem! E tem empresas e startups fazendo bonito com isto! ⠀

Existe algo mais que posso fazer para diminuir seu impacto no mundo?⠀⠀

Por menor que possa parecer, mudar um pequeno hábito pode ser muito relevante para o desenvolvimento sustentável. ⠀

A cultura da sustentabilidade em uma sociedade começa quando alguém passa a inspirar ações positivas a partir de uma mudança de comportamento.

Te convido a ver, ouvir e participar do pré-lançamento da trilogia de ebooks sobre Gestos Sutis de Sustentabilidade feita pela Casa Zero.⠀

Fotografia: Magê Monteiro

Fomos finalistas da 7ª Edição do PRÊMIO SAINT-GOBAIN DE ARQUITETURA SUSTENTÁVEL promovido pela  Saint Gobain

Que alegria poder compartilhar essa notícia!

Classificados entre os 10 finalistas na categoria Profissional, o projeto Casa Moeda se destaca pela aplicação de estratégias bioclimáticas como a iluminação e ventilação naturais e ainda pelo método construtivo em terra.

Com terreno localização no município de Moeda (MG), a residência considera um sistema de paredes estruturadas em taipa de pilão, aonde a terra é comprimida e moldada em fôrmas de madeira. A prática desta técnica já acontece desde 2600 anos a.c e, atualmente, tem se tornado uma possibilidade de aplicação da bioconstrução em projetos de arquitetura contemporânea.

A residência contempla ainda sistemas e tecnologias para geração de energia por fontes renováveis e gerenciamento das águas por meio do aproveitamento máxima de água da chuva, tratamento de água cinza e negra com reuso em um sistema fechado.

Veja a nossa equipe brilhante para um projeto que exige tanta interdisciplinaridade.

– Projeto arquitetônico: Luiza Franco e Ana Paula Rocha

– Análises bioclimatológicas, termoacústicas e lumínicas: Luiza Franco

– Simulação térmica: Natália Nascentes

– Apoio sistema hídrico e de saneamento ecológico: Bia Gasparini 

– Apoio sistema construtivo e saneamento ecológico: Macramê ecológico

– Diagramação e design pranchas:  Ana Paula Rocha

– Apoio diagramação: Arthur Amaro 

– 3D e imagens: Mayron Sousa

Os humanos podem ficar 3 semanas sem comida, 3 dias sem água, mas apenas 3 minutos sem ar.

Estes dados impactantes são para trazer uma reflexão ainda maior do momento em que vivemos e nos colocar atentos sobre o papel da arquitetura e da construção na saúde das pessoas.

A proliferação de vírus e bactérias e, consequentemente, a vulnerabilidade das pessoas às doenças depende, em grande parte, de qualidade do ar dos ambientes que construímos. 

Para superar isso, precisamos de quantidades adequadas de iluminação, umidade e temperatura que, somados, contribuem para uma arquitetura saudável. 

A crise que vivemos nos revela a necessidade de apostarmos na arquitetura não somente pela estética, mas naquela que adota critérios técnicos para dimensionar as necessidades dos ambientais, garantindo qualidade do ar, saúde e bem estar para as pessoas. 

Já pensaram na importância disso? Na foto um projeto construído da Casa Zero alinhado às estratégias de uma arquitetura mais saudável. 

MONTAGEM ENERGIA X MUDANÇA CLIMÁTICA X PROFISSIONAIS

Como projetistas de edificações e de planejadores urbanos, estes profissionais se tornam grandes responsáveis pela definição dos meios de geração e consumo de toda a energia necessária para operar os ambientes construídos. O que considera ainda a influência sobre os transportes entre as edificações.

Contudo, usamos, ainda hoje, muita matriz energética advinda dos combustíveis fósseis e eles são grandes responsáveis pela emissões de gases do efeito estufa, diretamente relacionadas com o aquecimento global.

Para minimizar os efeitos das mudanças climáticas é necessário que mais profissionais e pessoas apostem na aplicação de instrumentos pela sustentabilidade, com matrizes de energia limpa e renovável, para nossas construções e espaços.

Só assim garantiremos economia de energia e ainda qualidade de vida e maior produtividade para as pessoas. 

*Fonte: Hum Heywood – 101 regras básicas para uma arquitetura de baixo consumo energético

Você já pensou que nós permanecemos 90% do nosso tempo em ambientes fechados?

Em tempos de isolamento social, com contato ainda mais restrito com o ambiente externo, muitos passam a notar como a entrada de luz e ventilação naturais são indispensáveis.

É necessário entender a importância da interação das construções com a luz solar e as condições ambientais naturais para garantir qualidade de vida para as pessoas.

O sol, a água e o vento impactam na vida das pessoas e para lidar com eles não basta, por exemplo, colocar janelas para abrir e fechar. Qualificar e quantificar esses elementos projetando estratégias eficientes é necessário para garantir uma arquitetura mais saudável.

Ainda, quando o arquiteto sabe dimensionar a quantidade de luz e ventilação, associados à tecnologias como o sistema de ar-condicionado, quando necessário, garantem economia de investimentos e no seu uso.

Você sabia que um imóvel vale, em média, 5% a mais se bem iluminado? Na foto um ambiente interno bem iluminado naturalmente de um projeto da Casa Zero alinhado às estratégias de uma arquitetura mais saudável.

* Dados de Christoph Reinhart do MIT Construction Technology em Cambridge (EUA)

Os desafios para a saúde e bem estar da humanidade passam também pelo cuidado com os recursos hídricos. E hoje, 22 de março, é dia mundial da água e um momento oportuno para darmos destaque aos gestos de sustentabilidade que refletem o cuidado com esse patrimônio. 

Vamos apresentar aqui três iniciativas brasileiras que a Casa Zero apoia e muitas vezes usa em seus projetos e consultorias:

Certificação Zero Água LEED

Você sabia que o Brasil possui o primeiro edifício no mundo denominado Zero Água pela certificação LEED concedido pela instituição GBC Brasil?

Este é o edifício Eurobusiness, um empreendimento comercial situado em Curitiba (PR) com 14 andares que trata 100% de suas águas residuais (cinza e negra) no local. E do total de água utilizada, 65% vem desta água tratada e, junto com o uso de água da chuva e de condensação, evita o gasto de 82% de água potável. 

Seu projeto arquitetônico é do Borges Macedo Arquitetura e Realiza Arquitetura com consultoria em Certificação LEED da Petinelli. Para maiores detalhes, recomendamos ao acesso ao site do GBC Brasil.

Catálogo de Soluções Sustentáveis em Saneamento

Com relação ao tratamento da água após seu uso, temos a iniciativa da Funasa com o CataloSan – Catálogo de Soluções Sustentáveis de Saneamento e Gestão de Efluentes Domésticos lançado em 2018.

Nele são descritas de forma didática mais de 15 soluções tecnológicas para tratamento de efluentes domésticos. 

O destaque está na apresentação de tecnologias facilmente replicáveis, não necessitando de mão de obra especializada para sua implantação. Ainda há a indicação de possibilidades de investimento de baixo custo para a implementação de arranjos no tratamento de efluentes que aproveitam sistemas naturais.

Para ter acesso ao material, clique aqui.

Guia Pegada Hídrica

Em dezembro de 2019, o Sinduscon de São Paulo lançou, juntamente com a Caixa Econômica Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), um guia para cálculo de pegada hídrica. Dentre vários benefícios, a metodologia para cálculo do consumo de água incentiva a execução de políticas públicas para a gestão das águas e saneamento. 

Além disso, a partir do conhecimento da pegada hídrica – consumo de água e geração de efluentes – incorporadoras, construtoras e clientes terão mais conhecimento sobre seus empreendimentos e construções para assim tomar decisões mais acertivas nas fases de projeto, construção ou compras, com vistas à racionalizar o uso dos recursos hídricos e aprimorar seu tratamento.

Para ter acesso ao Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações, clique aqui. Se quer saber mais ou ficou interessado em aplicar estas estratégias em projeto ou consultoria, entre em contato com a Casa Zero.

Por @luizafranco, fundadora da Casa Zero.