Hoje eu quero falar com você que toma banho de chuveiro em casa, que tem garrafa de água na geladeira ou que leva seu carro para lavar. Se você vivência essas coisas, te convido a refletir. Estamos em pleno século XI e o acesso a água potável ainda é um privilégio. Somente para 20% da população de áreas rurais e 68% de áreas urbanas(*). Se a água é um recurso natural renovável, ou seja, inesgotável, está tudo errado. Precisamos aprimorar a gestão hídrica urbana.

Precisamos de gestão hídrica inovadora nas edificações. Temos que extrair menos água dos nossos lençóis e fazer mais reuso de água tratada. Temos que usar mais tecnologias construtivas para reduzir o consumo e fazer mais uso de água pluvial. Quantas vezes já me questionei o impressionante fato de ao dar descarga ser uma água potável [limpa e própria para beber] o meio de descarte do meu xixi e do meu cocô. Isso não faz o menor sentido sabendo que tem pessoas que não tem um gole de água.

Convido você, no dia mundial da água, a pensar o que pode fazer daqui para frente para melhorar o seu hábito e inspirar positivamente as pessoas à sua volta. Pense também no que você pode investir em sua casa, no seu trabalho e no seu negócio. O que se paga por isso é impacto positivo no mundo e economia financeira futura para você. 

Por Luiza Franco, fundadora Casa Zero.

(*)Fonte: UN Women
Foto: unsplash

Luiza Franco mais uma vez e com grande satisfação esteve representando a Casa Zero na Semana de Arquitetura da Faculdade Pitágoras. O evento aconteceu no dia 17 de outubro de 2018 na unidade de Betim. A palestra teve como tema: Os Gestos Sutis de Sustentabilidade no Ambiente Construído. A abordagem levantada pela arquiteta urbanista trouxe o questionamento sobre o papel que cada cidadão tem na formação da cultura da sociedade e de cada estudante na criação de novas oportunidades de negócios no mercado de trabalho. Levantou-se ainda a questão de como o comportamento de uma comunidade determina a forma de uso e apropriação espaço que habitamos. O arquiteto tem o papel de construir o espaço, mas as pessoas, a partir dos seus gestos, podem conduzir a sociedade para um caminho mais sustentável.

Luiza Franco, fundadora da Casa Zero, foi convidada a palestrar na XIX Semana de Estudos da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto. Ocorrida no dia 20 de setembro de 2018, a palestra teve como tema: Os Gestos Sutis de Sustentabilidade no Ambiente Construído. A abordagem levantada pela arquiteta urbanista trouxe o questionamento sobre o papel que cada cidadão tem na formação da cultura. E ainda, como esta cultura determina a forma de uso e apropriação espaço que habitamos. O arquiteto tem o papel de construir o espaço, mas as pessoas, a partir dos seus gestos, podem conduzir a sociedade para um caminho mais sustentável.

Em conversa com Henry Ford e Harvey Firestone, em 1931, Thomas Edison, inventor da primeira lâmpada elétrica, já dizia: “Somos como exploradores de terras, fustigando áreas próximas das casas em busca de minas de combustível, quando deveríamos estar usando fontes de energia como o sol, o vento, e a força das marés. Eu colocaria meu dinheiro em energia solar e eólica. Que fonte de energia. Espero não ter que esperar até o esgotamento das reservas de petróleo e carvão para nos equipar com estas outras alternativas”. (tradução livre)

Atualmente, prestes a esgotarmos nossas reservas de petróleo e carvão e pressionados pelo clamor da preservação ambiental, cada vez mais ouvimos falar de tecnologias para a busca de eficiência energética e economia de energia, tornando proféticas as palavras de Thomas Edison.

Algumas cidades brasileiras já oferecem benefícios fiscais para quem opta pela geração de energia distribuída, como redução no IPTU e no ITBI. Em Belo Horizonte, o Projeto de lei 179/2017, denominado IPTU Verde, institui o Programa de Incentivo à Sustentabilidade Urbana e estabelece o desconto progressivo no IPTU de imóveis que adotarem medidas de redução de impacto ambiental e eficiência energética como, por exemplo, a instalação de usinas fotovoltaicas. (Câmara Municipal de Belo Horizonte) No Brasil, é possível ver com mais frequência sistemas de energia solar fotovoltaica e Minas Gerais é considerado o estado do sol com quase 40 megawatts instalados de geração distribuída. (Jornal Estado de Minas)

O Laboratório Berkeley da Universidade da Califórnia nos Estados Unidos, com equipe renomada na área da pesquisa científica com 13 prémios Nobel, conduziu uma pesquisa neste país em mais de 22.000 residências à venda e constatou que os compradores estão dispostos a pagar mais caro para uma unidade habitacional que tenha sistema de energia fotovoltaico em operação. (Berkeley Lab)

As fotos publicadas neste artigo mostram um dos projetos que coordenamos, e a seguir dados para apontar o potencial de eficiência energética alcançada. Para ele foi levantada, previamente à aquisição de uma unidade fotovoltaica, a média mensal de consumo de energia em um ano com base na leitura da conta da companhia de distribuição. Foram instaladas 16 placas conectadas a um inversor no valor de R$26.000,00, em janeiro de 2017, incluindo material, mão de obra e consultoria. Após um ano de operação, foi verificada uma produção média de energia solar de 435 Kwh, base de cálculo de julho de 2017 a junho de 2018. Essa energia está suprindo toda a demanda da unidade, além de outra propriedade residencial com registro no mesmo CPF. Num total elas representam consumo médio mensal de 430 Kwh.

Registro feito por drone antes da instalação do sistema fotovoltaico. E em verde a indicação do local em que as placas seriam instaladas. Nas outras fotos deste artigo você pode ver o resultado final com o sistema montado e em operação.

Veja a seguir um resumo das principais vantagens do uso da energia solar nesse cenário promissor de tecnologias limpas:

  • Fonte limpa, renovável e inesgotável.
  • Economia com a redução da conta de luz.
  • Geração de 100% da energia necessária e compartilhamento com outros imóveis de mesma titularidade.
  • Valorização do imóvel.
  • Instalação simples na rede elétrica já existente.
  • Monitoramento diário digital de sua produção de energia.
  • Possibilidade de descontos ou benefícios fiscais.

Por Luiza Franco, fundadora Casa Zero.

A arquiteta e urbanista, Luiza Franco, sócia da Casa Zero, foi proponente e participou da mesa de debate sobre as intervenções sociais por meio da extensão universitária no II Colmeia – Colóquio sobre Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local ocorrido nos dias 26 e 27 de outubro de 2017. Foi levantada a importância do amplo diálogo interdisciplinar sobre a intervenção social para promoção de desenvolvimento urbano comunitário entre pesquisadores, estudantes e sociedade.

Além do debate, foi realizada a apresentação do LEIA – Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem na Arquitetura, projeto de extensão também coordenado pela Luiza, que é professora no Centro Universitário UNA. Realizado desde 2016, as ações realizadas no projeto visam promover o desenvolvimento de tecnologias construtivas aplicáveis à sociedade urbana, possibilitando o acesso a métodos alternativos de construção e gestão de resíduos, provocando uma melhoria da qualidade de vida da sociedade.

   

A partir de atividades no terraço de um dos campi universitários, o Projeto de Extensão LEIA – Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem da a oportunidade de educadores e alunos participarem de ações de mitigação aos impactos sociais e ambientais urbanos fora da sala de aula e relacionar, diretamente, com a comunidade externa. O projeto estimula a produção de hortas urbanas com o desenvolvimento de produtos, tecnologias e métodos alternativos de construção e gestão de resíduos, além de carregar o valor à soberania alimentar.

Em entrevista à Globo, para o programa Terra de Minas, alguns participantes relataram pontos de alto valor social e ambiental: alimentar-se bem, estar em contato com a natureza, ter alimentos frescos, se apropriar de algum lugar, gastar menos, gerar renda, dar vida a um lugar, promover a socialização e a inclusão.

Ainda houve a realização de um concurso, aonde muitas foram as possibilidades em destaque nos projetos de hortas urbanas ganhadores. Promovido pelo Projeto LEIA na arquitetura coordenado pela professora Luiza Franco, também sócia da Casa Zero, dentro do Centro Universitário UNA para toda a comunidade, foi uma oportunidade de colocar a mão na massa e desenvolver protótipos que poderiam depois ser reproduzidos. Estimulando toda a sociedade a também se conectar a causa.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Em evento gratuito, aberto ao público, divulgado aqui e ocorrido no terraço do campus UNA João Pinheiro em 29 de novembro de 2016, sociedade e comunidade acadêmica tiveram a oportunidade de avaliar mais de 20 projetos pilotos de hortas urbanas construídos pelos alunos da arquitetura com o apoio interdisciplinar da instituição e votar naquele que mais se destacou.

Os projetos dos três primeiros lugares, incluindo cartilha explicativa sobre a concepção do projeto, os métodos construtivos, a forma de uso e manutenção, além de dicas de cultivo, você pode conferir a seguir:

1º lugar: Horta Portal

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Cartilha Horta Portal

2º lugar: Horta Bambulê

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Cartilha Horta Bambulê

3º lugar: Canteiro no Cantinho

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Cartilha Canteiro no Cantinho

Mais notícias da mídia sobre a repercussão do evento você confere nos links a seguir:

Vídeo You Tube – Extensão UNA

Notícia – Jornal Contramão

Cobertura – BH Eventos

 

Para mais informações, dicas, consultoria e projeto entre em contato conosco.

É fator determinante para uma edificação dita “sustentável” ter um processo de projeto integrado, conciliando as demandas do cliente às características socioambientais do local de implantação, além de realizar a integração das equipes de arquitetura, consultoria e projetos complementares. Quando o resultado esperado é a obtenção de uma certificação, fica visível a necessidade de fazer a interface dos profissionais e suas especialidades juntamente com o conceito de englobar os 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável promovido pela ONU.

No processo convencional projetual a troca de informações entre as especialidades de projetos complementares geralmente não ocorre, inclusive pelas execuções acontecerem em períodos diferentes e muitas vezes baseados em projetos de versões distintas. O infográfico a seguir ilustra as falhas dente modelo de gestão ultrapassado.

Processo Convencional

Processo Convencional

Processo Integrado

Processo Integrado

Diante da comparação dos modelos de processo de projeto, fica evidente a necessidade de uma gestão centralizadora das informações relacionadas a cada disciplina. Não se pode deixar priorizar unicamente as decisões arquitetônicas em relação às necessidades dos projetos complementares, por exemplo. E mais do que isso, é preciso fazer permear, em tempo, as interrelações mais profundas dos aspectos de sustentabilidade dentro de cada disciplina. Aplicar a gestão do processo de projeto integrado, desde o início, amplia o alcance dos créditos almejados em um processo de certificação internacional. As edificações com propósito sustentável que fazem uso da certificação LEED, por exemplo, garantem economia no custo da construção e no uso futuro.

No site oficial da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas este conteúdo foi inclusive citado este conteúdo. Clique aqui para ver também.

Por @luizafranco, fundadora Casa Zero.


Luiza Franco, sócia da Casa Zero, foi convidada para dar entrevista ao Jornal Contramão do Centro Universitário UNA. O bate papo ocorrido no dia 11 de novembro de 2016 em prol do Dia Mundial do Urbanismo, comemorado em 08 de novembro, trouxe para discussão assuntos relevantes sobre mobilidade urbana e os seus impactos na sociedade. Os destaques ficaram para assuntos como preservação de áreas verdes, apropriação dos espaços públicos e movimentos populares.

Confira a entrevista completa aqui

A entrevista também se encontra no Portal Uai.

No dia 29 de novembro de 2016, terça-feira, acontece um evento interativo no grande terraço do prédio do Centro Universitário UNA localizado nas proximidades da Praça da Liberdade. Dois projetos de extensão dessa universidade, dos cursos de Arquitetura e Gastronomia, se fundiram para transformar o espaço em um Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem, também chamado de projeto LEIA.

Na coordenação da Arquitetura, a professora Luiza Franco, também sócia da Casa Zero, orientou os alunos na elaboração de mais de 20 projetos pilotos de hortas urbanas ao longo do 2o semestre de 2016. Cada projeto construído tem uma proposta arquitetônica diferente, porém atendendo às diretrizes da qualidade urbana e do conforto ambiental: baixo custo, reuso de materiais que seriam descartados, versatilidade, desmontabilidade, possibilidade de expansão e transformação de espaços urbanos ociosos, além da atenção às condições climáticas (sol, vento e chuva), conforme espécies vegetais a serem cultivadas.

Na vertente da Gastronomia, coordenada pela professora Rosilene Campolina, os alunos irão preparar receitas inovadoras com produtos gerados nas hortas e inspirados na sustentabilidade. Os pratos que comporão o cardápio serão comercializados no mesmo evento, na 2a edição do GastroUna.

No evento do LEIA ainda poderão ser apreciadas produções e compartilhamento de conhecimento da Ciências Biológicas – compostagem e plantio; da Nutrição – espécies vegetais alimentícias amigas e antagônicas; da Moda – fabricação de produtos com resíduos têxteis. Tudo isso embalado por muita música boa.

Conforme Luiza Franco, as hortas urbanas permitem um ciclo de cultivo de alimentos sem agrotóxicos, frescos por não ficarem nas prateleiras dos supermercados perdendo seus nutrientes e ainda oferecem a possibilidade da prática da compostagem para a renovação da produção.

A professora Luiza Franco explica ainda que o LEIA na Arquitetura, promove o desenvolvimento de tecnologias construtivas aplicáveis ao meio urbano, possibilitando o acesso da sociedade a métodos alternativos de construção e gestão de resíduos. O LEIA está associado à Iniciação Científica – coordenada pela professora Ediméia   Mello,   do   Programa de Pós Graduação em Gestão Social, Educação   e Desenvolvimento Local – com o propósito de se tornar um núcleo de pesquisa para qualificar a comunidade na autogestão de espaços ociosos a partir da criação de hortas urbanas, que mitigam os impactos urbanos e promove a soberania alimentar.

Anote na agenda e vamos lá!

Dia: 29/11, terça-feira
Horário: 14h às 21h
Local: Centro Universitário UNA – Campus João Pinheiro II, terraço
Endereço: Av. João Pinheiro, 580 – Funcionários
Evento Gratuito

Projetada de acordo com os conceitos da Arquitetura Bioclimática, essa casa localizada em condomínio fechado no município de Moeda (MG), foi cuidadosamente posicionada no terreno de forma a valorizar a topografia e a vegetação local. A edificação recebeu ventilação e iluminação naturais, aquecimento solar da água e previsão de telhado verde. Como ponto de articulação principal a pérgola conecta a casa à área de convivência e lazer, que conta com churrasqueira, piscina e edícula para convidados.

Estratégias utilizadas para uma arquitetura mais sustentável:

  • Estudo de ventilação e iluminação naturais
  • Aplicação de elementos de sombreamento conforme o clima local
  • Instalação de sistema de aquecimento solar da água
  • Previsão de cobertura vegetal – telhado verde
  • Criação de abertura zenital para potencializar a iluminação natural
  • Preservação e previsão de espécies de vegetação nativa
  • Criação de cobertura tipo pérgola para sombreamento e proteção com a chuva
  • Integração com a natureza com mínima alteração da topografia
  • Conexão interior e exterior da construção com o entorno
  • Atendimento à privacidade do moradores ao receber hóspedes
  • Estudo para proporcionar a acessibilidade no projeto
  • Valorização da vista panorâmica

No vídeo, feito em parceria com a Take Me Up, é apresentada a construção com a indicação das principais estratégias arquitetônicas e construtivas dessa residência finalizada em 2012 e localizada ao lado da Serra da Moeda em Minas Gerais.

Por Luiza Franco, fundadora Casa Zero.