A Síndrome do Edifício Doente foi um termo criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na década de 80 para definir um conjunto de sintomas como: dor de cabeça, irritação de nariz, dor de garganta, fadiga, letargia, ardência dos olhos, falta de concentração e baixo rendimento laboral em pessoas que moram ou trabalham em certos edifícios. A constatação foi feita na relação da baixa qualidade do ambiente construído de edificações com a saúde dos usuários.
Inclusive, conta-se, que o termo Síndrome do Edifício Doente foi definido a partir da ocorrência de uma contaminação coletiva de pneumonia em um hotel na Filadélfia.
Sendo feita a correlação de que o edifício com recintos fechados e sistema de ar condicionado central inadequado causaram a morte de mais de 29 pessoas.
Agora conta para nós, você já morou ou frequentou um “edifício doente”?
De lá para cá muita coisa avançou, mas ainda há de provocar na sociedade o conhecimento de que gestos mais sustentáveis na arquitetura e construção são imprescindíveis para minimizar estes efeitos danosos na saúde das pessoas.
Para isso trazermos soluções, listamos algumas estratégias que evitam esta síndrome nas construções:
- Projetar edifícios que priorizem o uso de ventilação e iluminação naturais de qualidade
e em acordo com o clima; - Criar aberturas na edificação que proporcionem conexão com o exterior e o contato
com o ambiente natural; - Fazer o uso de materiais construtivos e de acabamentos que tenham ausência ou
mínima emissão de componentes tóxicos; - Especificar sistemas de ar condicionado e manter os sistemas de filtragem
higienizados, se for indicado o seu uso no ambiente; - Ter a prática de limpeza, manutenção adequados à demanda e reparo dos sistemas
que compõe o edifício.
Já ouviu falar em edifício saudável?
Este é um termo relativamente novo, mas a intenção que ele carrega já ocorria em tradições e culturas diferentes seguindo outras abordagens como o Feng Sui ou a Geobiologia.
A denominação edifício saudável é usada quando, para o seu projeto e construção, são adotadas estratégias que potencializam a qualidade de vida e bem estar de seus ocupantes.
Enquanto o edifício dito sustentável se destaca na minimização de impactos ao meio ambiente, o edifício saudável foca na qualidade de vida das pessoas.
Parece óbvio pensar que devemos proporcionar conforto às pessoas nas edificações.
Porém, com a industrialização e a padronização dos métodos construtivos, na maioria das vezes, produzimos espaços inadequados e insalubres para elas.
Um barato que sai caro. Ou seja, criamos condições nocivas para a saúde dos usuários e a grande parte deles não nota, mas sente. Manifestações recorrentes de gripes, dores de cabeça e até cansaço e improdutividade são consequências da síndrome do edifício doente, como citamos na publicação anterior.
E como fazer para termos edifícios mais saudáveis?
- Assegurar a qualidade dos sistemas de iluminação = influencia no desempenho de atividades.
- Proporcionar boa acústica do espaço = garante maior produtividade.
- Garantir ar puro e com renovação constante = minimiza transmissão de doenças.
- Criar ambientes com contato externo conectado ao ambiente natural = elimina a
sensação de enclausuramento.
E já existem certificações no mercado para orientar estas e outras tantas estratégias nas edificações. Citamos duas: Selo Casa Saudável e Well Certification.
Agora diga, assim como a Casa Zero, você também aposta em edifícios, projetos e construções mais saudáveis?
Por @luizafranco, Fundadora da Casa Zero.