Arquivo para Tag: conforto ambiental

Não há negócio, economia e tecnologia que sustente nossas cidades se não houver um resgate da essência de uma comunidade humana sustentável. Não há projeto arquitetônico verdadeiro se não tiver aplicação do conforto ambiental. Não há canteiro de obras leal se não tiver estratégias ambientais.

O primeiro passo pode ser permitir que o seu projeto ou construção comece pela base do que a natureza nos oferece gratuitamente: acesso à energia solar, coleta de água da chuva, geração de energia a partir dos resíduos.

Uma boa inspiração é a seguinte frase de Fritjof Capra, um físico e escritor de 80 anos que trabalha com educação ecológica. A citação foi feita em seu livro chamado As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável de 2002.

“Uma comunidade humana sustentável é planejada de tal maneira que seus modos de vida, negócios, economia, estruturas físicas e tecnologias não interferem na capacidade inerente da natureza para sustentar a vida.”

Inovação: Palavra de ordem no momento

Precisamos, porém, olhar para trás para não esquecer que o alcance tecnológico tem que vir associado a estratégias que resgatam a essência da natureza. A história da humanidade sempre nos ensinou ou, pelo menos, tentou nos mostrar isso. Agora te convidamos a pensar como quebrar padrões que possam mudar a nossa história com inovação e gestos sustentáveis.

Listamos a seguir quais podem ser os primeiros passos:

  • Otimizar projetos e espaços construídos considerando estratégias ambientais
    ecoeficientes;
  • Apostar na gestão hídrica, energética e de resíduos;
  • Comparar produtos, serviços e tecnologias além do custo, considerando aspectos
    técnicos a longo prazo;
  • Apostar na curadoria de produtos com viés sustentável priorizando uma cadeia
    verdadeira de critérios socioambientais.

Se você já questionou como ter uma arquitetura e construção mais sustentáveis ou quer ter acesso a serviços, tecnologias e produtos que potencializam este alcance, veja este vídeo.

Estética e Conforto

Você sempre ouve que a arquitetura tem que ser bela?
Nós sempre ouvimos isto e concordamos, mas um grande projeto é aquele que associa o conforto ambiental à estética do projeto.

A arquitetura deve ir além da forma, das cores e texturas, associando escolhas de materiais e tecnologias para a garantia do conforto térmico e luminoso, por exemplo.

O Projeto EM foi construído em parceria com a construtora Hadronac e teve como propósito alinhar uma arquitetura que agradece esteticamente o cliente e ainda considerando todos os aspectos técnicos de conforto ambiental.

Funcionalidade e Eficiência

Você sempre ouve que a arquitetura tem que ser funcional?
A Casa Zero acha que sim, mas acreditamos ainda ter que ir muito além de espaços flexíveis ou fluidos.

Uma arquitetura com funcionalidade deve promover mais, como a eficiência energética e gestão hídrica para economia no seu uso dando à edificação mais perenidade na sua função. No Projeto L&A , feito em parceria com a arquiteta Natália Nascentes, foram adotadas estratégias que potencializam a eficiência da residência ao longo do seu uso, mantendo as condições necessárias para sua boa funcionalidade.

Expectativa e Técnica Sustentável

Você sempre ouve que a arquitetura tem que a cara do cliente?
Por aqui esta premissa é fundamental baseada sempre em estratégias para uma arquitetura bioclimática com aproveitamento máximo dos recursos naturais e tecnologias que minimizem os impactos ambientais da sua construção.

O Projeto MM construído em parceria com a construtora Brick, adotou muitos destes conceitos para uma arquitetura que verdadeiramente empregasse gestos de sustentabilidade.

Para tudo isso a Casa Zero presta consultoria em arquitetura para a sustentabilidade de pessoas e negócios que desejam projetos com este propósito. Ainda faz parcerias com arquitetos e construtoras para assessorar em estratégias verdadeiramente sustentáveis. Veja o vídeo a seguir para entender mais:

Por Luiza Franco, Fundadora Casa Zero.

Propósito

Fundadora da startup @casazero, @luizafranco é formada em Arquitetura e Urbanismo ‪há 10‬ anos com atuações profissionais sempre ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. Durante a sua vida acadêmica como professora na graduação e pós- graduação, Luiza percebeu que, além das imposições de novos modelos de mercado, uma cultura sustentável e de transformação social ocorre através de atitudes inspiradoras. Foi assim que descobriu que o seu propósito profissional já estava projetado nas suas ações pessoais, no que ela considera ser os seus gestos sutis de sustentabilidade.

Gestos Sutis de Sustentabilidade

A Casa Zero é um ponto de partida promissor para quem acredita na força dos gestos de sustentabilidade no ambiente construído. Acreditamos que projetar e construir é possível com economia e rentabilidade financeira sem faltar a aplicação de gestos ambientais e sociais. Apostar na arquitetura e construção com esta sensibilidade
é um caminho sem volta, direcionado para o desenvolvimento sustentável. Nosso papel é inspirar cada vez mais pessoas e negócios com #gestossutisdesustentabilidade e assessorar quem quer projetar ou construir.


Consultoria em Arquitetura e Construção Sustentável

Como Articuladora de Sustentabilidade, @luizafranco presta consultoria, ministra palestras e realiza projetos para pessoas e negócios. Pela Casa Zero ainda assessora escritórios de arquitetura e construtoras para alcance de eficiência, conforto e qualidade ambiental no ambiente construído. Seja projeto ou construção a consultoria tem por propósito a disseminação de uma arquitetura mais sustentável.

A Casa Moeda prioriza o resgate da história da terra em que está inserida junto ao Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda em Minas Gerais. Ela abrigará uma família que carrega o desejo de cumprir com os aspectos da bioconstrução desde a concepção e irá fazer uso do solo para aplicação do processo vernacular em taipa de pilão. A ser construída no município de Moeda (Minas Gerais, Brasil), o projeto irá resgatar as técnicas construtivas da bioconstrução associada à contribuição de recuperação da dignidade dos moradores da região após as tragédias de rompimento das barragens de mineração em Mariana e Brumadinho. No estado existem mais de 480 barragens de rejeito e, na região metropolitana onde situa o terreno, existem aproximadamente 131. O projeto se propõe a aplicar a tecnologia de incorporação de porcentagens determinadas de rejeito na massa de terra e, ainda, em substituição de parte dos agregados do concreto a ser usado na fundação e pavimentação. Além disso, associa técnicas regionais para a construção como o uso do bambu e de madeira, e sistemas tecnológicos industrializados para totalizar todo o viés sustentável possível para uma edificação residencial.

No início da concepção foi primordial a análise de aspectos relevantes de conforto ambiental, do desejo do cliente e do respeito ao local como: dimensionamento; privacidade; visuais; ventilação; umidificação;  insolação; topografia; conjunto; e entorno.
Essa etapa busca a garantia da qualidade do ar interno, apropriação de soluções para condições de desconfortos de frio ou calor, correntes de ar e umidade, vibrações e ruídos impróprios, além de condições de luminosidade para os ambientes.

O projeto foi desenhado a partir da criação de 4 blocos com a associação dos ambientes que mais se relacionam e, ao mesmo tempo, tivessem volumetrias equivalentes dois a dois, proporcionando uma coordenação modular. Desta forma, definiu-se os blocos estar, social, íntimo e repouso no pavimento térreo, mais a área da oficina no subsolo.

Os blocos foram implantados no terreno de forma a priorizar a vista e captar as melhores condições de conforto ambiental, além de posicionarem em condições favoráveis à topografia. Os mesmos se integram por pátios com cobertura zenital estruturada em madeira e recoberta por vidro e ainda com fachadas em cobogós, tornando um ambiente de conexão com o exterior a cada passagem entre blocos.

Ainda apropria de estratégias bioclimáticas por meio da iluminação e ventilação naturais. Parte dos blocos é banhada por um espelho d’água que tem o papel de armazenar a água pluvial das duas maiores coberturas da edificação. Esse se conecta em uma piscina para o lazer funcionando como um reservatório aberto e dinâmico.

A oficina, além de ser um ambiente particular demandado pelos futuros moradores que querem praticar trabalhos manuais de design, teve a premissa de ser isolada para não trazer perturbações na rotina diária da casa. Assim o ambiente ganhou um acesso individual e foi implantada no subsolo, mas ainda com visada para a paisagem do entorno proporcionando inspirações.A gestão de uso da residência contempla sistemas e tecnologias para geração de energia por fonte renovável e gerenciamento das águas por meio do aproveitamento máximo de água da chuva, tratamento de água cinza e negra com reuso em um sistema fechado.

Projeto arquitetônico:

@luizafranco e @rocha.anap

Parcerias:
@biagasparini – consultoria em gestão de uso e saneamento ecológico
@macrameecologico – consultoria em construção com terra e saneamento ecológico
@expansivoarquiteura – imagens

@biccarvalho – 3D

@melojp – ilustração